Há tempos não sei onde é a borda das coisas.
Não que eu vá fundo
Onde o mundo guarda mistérios.
Não que eu vá alto
Onde a vida trans-borda e pousa.

Fico aqui
No meio do Nada
Nadando, nadando
aprendendo a gravidade do corpo
Nas asas deste espírito velho
Que ainda não evoluiu todo.

E fico mansinho-oceano
Salvando a mim mesmo

(E os outros que posso):
- Amém.

(Vânderson Domingues, 2009)

* Publicada em 2014 no livro Multiverso: Amor, Reflexão & Serenidade

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